sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tempo de escola

Tempo de escola


Tenho gravado em minha mente, bem nitidamente, lembranças boas e não tão boas assim do meu tempo de escola que foi por eu ter que trocar de escola na mudança do prezão para a primeira série. Já que a Escola que eu estudava não tinha esta “bendita” série.

Eu amava a minha primeira escola - Piazito. Entrei lá aos três anos e só saí mesmo, pelo motivo já citado. Acredito que foi o meu melhor período. Tenho muitas lembranças deste espaço: cheiro do giz de cera e da massinha; cola e areia para os trabalhinhos; revista, tesoura, cola; lápis de cor e de escrever; fantasias para os teatros; joguinhos de madeira; musiquinhas (a da entrada, a do lanchinho, a das boas-vindas e a da saída; dos animaizinhos,...) e o encanto do parquinho – com balanços e escorregadores.

Já na minha segunda - Júlia Miranda, onde estudei da 1ª série ao terceirão -, tive dificuldades, somente no primeiro momento, em me adaptar com a professora. Eu chorava, chorava; na minha “cabecinha” ela não tinha jeito com aos alunos. Era ríspida, não sabia explicar. Foi traumático esta nova etapa para mim. Até que minha mãe conseguiu me trocar de sala e, assim, a situação mudou de figura! E a partir daí só tenho boas lembranças e muitas saudades, confesso!

As minhas brincadeiras na escola nesta segunda fase eram tantas! De 1ª a 4ª série: de corda, bambolê, bate-manteiga, cantigas de roda, passa anel, escravos de Jó, boneca, alerta, batata-quente, mocinho e ladrão, esconde-esconde, pega-pega, bate-congela, cabra-cega, ovo-choco, toca de coelho, negrinho da África... e eu as adorava.

Já da 5ª série ao terceirão: queimada, vivo e morto e muitos jogos de competição (vôlei, basquete, handebol).

Observo, hoje, na minha escola que estas brincadeiras vivenciadas por mim, ainda sobrevivem ao tempo, principalmente no espaço da Educação Infantil e Anos Iniciais. E que os professores têm isso fundamentado como um recurso pedagógico que traz bons resultados.
**** 

Ao pedido de uma mãe apreensiva,
Porque sua filha não queria ficar no jardim,
E pra ver se ela ficava lá na minha companhia,
Que com três anos comecei a fazer parte do Piazito!
Bem, que foi engraçado: Eu fui e fiquei!
E ela, mesmo na minha companhia, não ficou!

Algumas coisas me marcaram com tal força 
Que farão pra todo o sempre 
Parte de mim! 
As abelhinhas vermelhas e sorridentes 
Na minha camiseta! 
Amiguinhos... 
Cheirinho das massinhas de modelar, 
Cheirinho de giz de cera, 
Colar areia do parquinho na folha sulfite, 
Rabiscar a folha sulfite na calçada da entrada — pra dar textura! 
Montar casinhas de madeira, 
Tentar descobrir o que tinha lá, 
Naquele lugar, que chamávamos de sótão! 
Nem sei se era mesmo um... 
Toalhinha pendurada, 
Saquinho com meus trabalhinhos, 
Organização! 
Hora do lanchinho, 
Respeito às regras — cantar musinha antes de comer: 
Meu lanchinho, meu lanchinho 
Vou comer, vou comer... 
Pra ficar fortinho, pra ficar fortinho 
E crescer, 
E crescer! 
Parquinho 
“... olha o Papai Noel lá no avião...” 
Olhares pro céu a sua busca 
E cochichos pra saber se realmente 
Ele iria nos ver! 
Lágrimas de saudade da professora que foi embora... 
Desfile de aeromoça! 
E de caipira pra quadrilha!

Elo.